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terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Eu me deixei em silêncio, e deu
para ouvir o meu peito sussurrando.
Imaginei tantas coisas, mas
nenhuma envolvia o
que estou sentindo agora.

De repente te enxerguei, e
quis gostar, me permitir,
e achei que fosse recíproco,
agora sei que gostei sozinho,
que imaginei sozinho,
que te quis sozinho,
e agora, ainda só, me perco,
sem sair do lugar.

Daqui de dentro eu me
pergunto quem emudeceu
a rua, quem deixou a madrugada
sem a nossa presença, e me
pergunto se é de dor que a cigarra grita.

Quero mesmo te dizer, menina,
sabendo agora que nunca fomos
nada, além de amigos, que eu
queria mais, mais que amizade,
mais que a rua deserta e calada,
numa madrugada fresca e primaveril,

eu queria ter você, não só
por dentro, mas ao meu lado,
ou em meus braços, no mais
tênue silêncio de um beijo no olho,
e que esse fosse o tempo bom

de que falam as canções, e que
durasse um bom tempo,
mas assim não o foi, não é?
E hoje eu nem mais espero,
e para falar a verdade...nem sei se desespero.



6 comentários:

  1. Quando li pela primeira vez, tive a impressão que foi pra mim...
    Acho que é só impressão.

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  2. Poxa Derynhoo...
    Foi por isso que parei de escrever...
    Você humilhou meus poemetos :P
    Mas fico feliz, pois os seus estão cada vez melhores..

    Adorei esse...
    Enfim, vou parar de elogiar...

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  3. srrsrs..demorei mais consegui...ta muito lindo..ameii!

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  4. se seu poema fosse música, diria que alcança algumas notas dificílimas ...

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    Respostas
    1. Vim ver isso hoje, mais de dois anos depois. É isso aí, Paixão, obrigado. rs

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