Eu escrevo como quem caminha e depois de um tempo
para, para um descanso, e tem a ligeira impressão
de que é a estrada quem continua a dar os passos.
Escrevo como quem fica à beira da praia observando
a maneira como o sol entra de-va-ga-ri-nho,
na imensidão do mar, como se fosse tomar
um banho no fim da tarde.
Escrevo como se aqui dentro existisse uma tal
ventania, e como se as palavras fossem essa ventania
dando assovios, daqueles que a gente dá quando
queremos que alguém venha nos abrir a porta
para que possamos entrar e ficar a ouvir o
vento que há por fora.
Escrevo como quem percebe que mesmo quando
falamos, há sempre um lado nosso que fica em total
silêncio, e que, mesmo calados, o dialogo não cessa.
Escrevo como quem sobreviveu à morte da esperança.
Escrevo como quem tem saudade e a vê como
um traço de maldade filho da distância e do tempo.
Escrevo como quem precisa jorrar as palavras
para se conter.
Escrevo como quem se recorda...das antigas amizades,
da infância, dos amores que não viveu, das brigas,
dos corações partidos, dos silêncios,
dos fins de semana na casa dos avós...
escrevo mesmo como quem se recorda, e por isso
sente que se lembrar é uma maneira
de voltar a viver por dentro
aquilo que vivemos por fora.
Eu não vou falar que você tá um poeteiro retado porque essa é a piada mais velha e sem graça que existe...
ResponderExcluirficou massa!!
oooooooooooo
ResponderExcluirvocê fala como seu eu não percebesse
o que há nas entrelinhas
seu safado,
afirma o que quer dizer,em cima
de uma negação,coisa de gente
fofoqueira
kkkkkkkk...
mas vlw
E escreve bem. =)
ResponderExcluirEscreva.. inspirado em tudo aquilo que te afeta.. que te move..
ResponderExcluirOu seja,na vida
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