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quarta-feira, 23 de março de 2011

Quando o dia limpa a tinta
escura da noite, os pássaros se
iniciam pelo céu, e eu sinto um
cheiro de café recém nascido,
e o sol começa a caminhar
acima de nossas cabeças.

A minha intuição diz que
a minha intuição pode
se enganar, mas eu estou vivo, e
não há nada no mundo
que seja mais meu do que isso.

Às vezes o vento mente
e eu até penso que é gente,
mas logo eu que sinto como
se tivesse sido feito para o mar ?

À tarde, uma janela aberta liberta o meu olhar;
eu observo os meus amigos e as flores
(que para mim são sinônimos),
e saio de casa pela porta dos fundos
como quem estivesse ganhando o mundo.
(o mundo que diminuiu ao passo que eu cresci)


Penso em todos os portos e em todos os barcos
de todos possíveis, penso em todos os rios e rio,
penso estar andando nos telhados de todas
as casas e me deitando em todas as
redes, matando todas as sedes
que a minha alma possa vir a sentir,
e me engano.

Vivo como quem jardina
e de vez em quando tem uma louca
vontade de molhar a palavra, para cultivar
as flores que aparecem no túmulo dos
meus amores que foram embora...

...mas que ainda permanecem
por perto...







5 comentários:

  1. Derãããããõ...
    Véi, essa arte sua ,não pode se limitar apenas em poema, precisa urgentemente de uma melodia e virar música...
    Sério!!
    Tá lindooo

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  2. oooo
    Também não é para tanto,né,diu...rs
    Obrigado!

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  3. Esse é um dos mais belos que já li por aqui.

    =)

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